O distribuidor brasileiro precisa retomar o espaço de serviços para dentro de seu negocio

O distribuidor brasileiro precisa retomar o espaço de serviços para dentro de seu negocio

Estima se que mercado brasileiro de insumos em 2022 fechará em R$ 200 Bilhões de reais, ou seja aproximadamente 12% do total do PIB do agronegócio, crescendo ano a ano e principalmente nos segmentos de maior investimento em pesquisa e desenvolvimento como biológicos, nutrientes especiais, biotecnologia e proteção de cultivos. 

Para se ter uma ideia do tamanho desse mercado, o mercado varejista de alimentos no Brasil  é estimado em R$ 400 Bilhões de reais ( ABRAS).  Tal atratividade do mercado faz com que vários movimentos de consolidação do mercado estejam acontecendo no Brasil, assim como a entrada de novos players globais. Minha hipótese é que nos próximos 5 anos, 10 distribuidores/cooperativas serão responsáveis por 30-40% do mercado, excluindo as vendas direta. Movimento esse que já ocorreu no setor de varejo alimentício e no varejo de medicamentos.

Mas mais importante do que a pujança do setor de insumos é olhar também o setor de serviços dentro do PIB do agronegócio, estima-se que quase 45% do PIB do agronegócio está incluso nesse setor, que vai desde a logística, armazenamento até a prestação de serviços básicos como administrativo, jurídico, contábil e de sistemas.  O setor de serviços dentro do Agronegócio é gigantesco e o distribuidor foi alijado desse segmento. 

A grande provocação desse texto é o de alertar os distribuidores de insumos para esse segmento, que é gigantesco e crescente e que nos últimos anos o distribuidor brasileiro perdeu esse mercado para  outros players. Retomar esse espaço é fundamental para o sucesso do distribuidor nesse novo cenário de consolidação e maior competitividade.

Várias empresas de outros setores ocuparam esse espaço e hoje vemos gigantes no setor que vão de empresas de logísticas especializadas, empresas de assistência técnica, pools de compra, empresas de agricultura de precisão além da quantidade de novas empresas que estão surgindo para abocanhar esse espaço. O Brasil é hoje um dos países que mais possuem startups no setor agrícola e a grande maioria delas focadas em prover serviços para o agricultor.

 Algumas delas podemos ver no quadro abaixo com empresas que vão desde a de softwares para a gestão de fazendas até a entrada total como fazendas da próxima geração. Muitas delas em estagio inicial de vida outras já incorporadas a gigantes do Agro.

Diante desse mercado gigantesco, o que o distribuidor deve fazer? Quais os setores onde o distribuidor pode ter maior sucesso?  Quais ele terá mais chance de retomar a sua posição?

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